A Fundação Getulio Vargas (FGV) foi oficialmente escolhida como a banca organizadora do primeiro concurso TRF6 para o cargo de juiz federal substituto. A autorização para a contratação da FGV foi publicada no Portal Nacional de Contratações Públicas.

O concurso oferecerá 28 vagas para provimento imediato, além da formação de cadastro de reserva, com lotação nas Subseções Judiciárias de Minas Gerais e na Seção Judiciária de Belo Horizonte, todas sob a jurisdição do TRF6.

O edital do concurso TRF6 reservará 20% das vagas para candidatos negros (pretos e pardos), no mínimo 3% para indígenas e 5% para pessoas com deficiência. Também serão garantidos recursos de acessibilidade e atendimento especial para quem solicitar.

Além disso, haverá possibilidade de isenção da taxa de inscrição para candidatos em condição de baixa renda e para doadores regulares de medula óssea.

Para ingressar na magistratura do TRF6, o candidato precisa:

A remuneração inicial da carreira está fixada em R$ 37.765,55.

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Fachada do TRF6 (Foto: Divulgação)
FGV é definida como banca do concurso TRF6 e estrutura de provas é confirmada

Como será a seleção? Conheça as etapas do Concurso TRF6

O processo seletivo para juiz federal substituto do TRF6 será dividido em seis fases. Veja a seguir o que esperar de cada uma:

1. Prova objetiva

A primeira fase será composta por uma prova com 100 questões de múltipla escolha, organizadas em três blocos temáticos:

  • Direito Constitucional, Previdenciário, Penal, Processual Penal, Econômico e Defesa do Consumidor;
  • Direito Civil, Processual Civil, Empresarial, Financeiro e Tributário;
  • Direito Administrativo, Ambiental, Internacional, Direitos Humanos e Formação Humanística (incluindo temas como Sociologia Jurídica, Ética, Filosofia do Direito, Direito Digital e outros).

A avaliação terá cinco horas de duração e será realizada em Belo Horizonte (MG). Caso o número de inscritos seja inferior a 500, a prova poderá ser dispensada, considerando-se o resultado do Enam.

Para ser considerado habilitado, o candidato deverá alcançar pelo menos 30% de acertos em cada bloco e média final mínima de 60%. A quantidade de classificados dependerá do total de inscritos, com limites entre 200 e 300 candidatos.

2. Provas discursivas

Nesta etapa, o candidato realizará três provas discursivas ao longo de dois dias consecutivos:

  • Questões discursivas (6 a 8 perguntas) na manhã do primeiro dia;
  • Sentença cível na parte da tarde do primeiro dia;
  • Sentença penal na manhã do segundo dia.

Cada prova terá duração de quatro horas, feita à mão, com consulta permitida somente à legislação seca. A nota mínima exigida para aprovação em cada uma é 6,0 (de 10 pontos).

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3. Inscrição definitiva e avaliações complementares

Esta fase engloba:

  • Inscrição definitiva (possibilidade digital);
  • Sindicância da vida pregressa e investigação social;
  • Exames médicos e avaliação psicológica;
  • Perícia médica para candidatos com deficiência.

Estas etapas serão conduzidas em conjunto pela FGV e pelo TRF6.

4. Prova oral

A prova oral será pública e avaliará o conhecimento jurídico, a capacidade argumentativa, a clareza e a correção do idioma.

Os temas serão sorteados 24 horas antes da avaliação. A aprovação requer nota mínima 6 de cada examinador.

5. Avaliação de títulos

Os títulos apresentados serão pontuados conforme a Resolução CNJ nº 75/2009, considerando apenas documentos obtidos até o encerramento das inscrições preliminares.

6. Curso de formação

Por fim, o curso de formação, que é eliminatório, será ministrado pela Escola da Magistratura Federal do TRF6 com apoio do Conselho da Justiça Federal. O candidato deverá obter nota mínima igual ou superior a 6 para ser aprovado.

Durante o curso, os aprovados poderão receber uma bolsa mensal correspondente a 50% do subsídio inicial, sujeita a contribuição previdenciária, mediante solicitação.

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